31 de dez. de 2009

Ritmo Lombo Pélvico

Slide 45
     Consiste em movimentos coordenados da coluna lombar e da pelve que ocorrem durante a inclinação máxima do tronco para a frente
SEQUÊNCIA DOS EVENTOS BIOMECÂNICOS 
PRIMEIRA ETAPA - inclinação anterior
  
Slide 46-   A cabeça e a porção superior do tronco iniciam a flexão anterior;
-   A pelve desloca posteriormente para manter o CG equilibrado sobre a base de suporte;
- O tronco continua a inclinar para frente, controlado excentricamente pelos músculos extensores da coluna, até aproximadamente 45º; 
-  Os ligamentos posteriores da coluna ficam tensionados: Ligamento Longitudinal Posterior e os ligamentos acessórios;
-  Os corpos vertebrais se aproximam;
-  Os músculos extensores vertebrais relaxam;
- Os segmentos vertebrais chegam ao final da ADM;
- A pelve começa a rodar para a frente, controlada excentricamente pelos músculos glúteo máximo (GM) e isquiotibiais (SQTs);  
- O movimento de anteroversão da pelve continua até que os músculos GM e SQTs entrem em insuficiência passiva;  
- A ADM final da inclinação para frente depende da flexibilidade dos mm. extensores da coluna e do quadril e das fáscias.Slide 47
SEGUNDA ETAPA - retorno à posição ereta Slide 46
 
- Os extensores do quadril rodam a pelve posteriormente através de reversão de ação muscular;
- Os extensores vertebrais tracionam a coluna para cima através de ação concêntrica.



Modelo de Panjabi





A região lombar da coluna vertebral desempenha um papel fundamental na acomodação de cargas decorrentes do peso corporal, da ação muscular e das forças aplicadas externamente. Esta região deve realizar a função de ser forte e rígida, especialmente quando sob carga, para manter as relações anatômicas intervertebrais e proteger os elementos neurais. Em contraposição, ela deve ser flexível, para permitir o movimento (COX, 2002; SAHRMANN, 2002)

A capacidade de envolver essas duas funções é adquirida através de mecanismos que garantem a manutenção do alinhamento vertebral. Quando estes mecanismos se encontram em desequilíbrio, é produzida a instabilidade lombar, que terá como principal conseqüência a dor (COX, 2002; SAHRMANN, 2002).

De acordo com o modelo de Panjabi (1992), a estabilidade da coluna decorre da interação de três sistemas: passivo, ativo e neural
O sistema passivo compõe-se das vértebras, discos intervertebrais, articulações e ligamentos, que fornecem a maior parte da estabilidade pela limitação passiva no final do movimento. 
O sistema ativo constitui-se dos músculos e tendões, que fornecem suporte e rigidez no nível intervertebral, para sustentar forças exercidas no dia-a-dia. Em situações normais, apenas uma pequena quantidade de co-ativação muscular, cerca de 10% da contração máxima, é necessária para a estabilidade. Em um segmento lesado pela frouxidão ligamentar ou pela lesão discal, um pouco mais de co-ativação pode ser necessária. 
O sistema neural é composto pelos sistemas nervosos central e periférico, que coordenam a atividade muscular em resposta às forças esperadas ou não, fornecendo assim estabilidade dinâmica. Esse sistema deve ativar os músculos corretos no tempo certo, para proteger a coluna de lesões e permitir o movimento (PANJABI, 1992).

Segundo Panjabi (1992) e O`Sullivan (2000), a instabilidade espinhal é uma significante diminuição na capacidade do sistema de estabilização da coluna em manter as zonas intervertebrais neutras nos seus limites fisiológicos. O tamanho da zona neutra - região de lassitude ao redor de uma posição neutra em um segmento da coluna - é considerado uma importante medida de estabilidade e é influenciada pelos sistemas de controle passivo, ativo e neural.

28 de dez. de 2009

IMAGEM CORPORAL

A história da imagem corporal iniciou-se no século XVI, na França, com o médico e cirurgião Ambroise Paré, que percebeu a existência do membro fantasma, caracterizando-o como a alucinação de que um membro ausente estaria presente. Três séculos depois, Weir Mitchell, da Filadélfia (EUA), demonstrou que a imagem corporal (sem se referir ao termo ‘imagem corporal’) pode ser mudada sob tratamento ou em condições experimentais (GORMAN, 1965).
A escola francesa também deixou sua contribuição com os estudos de Bonnier, o qual, em 1905, descreveu um distúrbio em toda imagem corporal como ‘esquematia’ (distorção do tamanho das áreas corpóreas). Todavia, a maior contribuição nesta área foi dada por Paul Schilder.

Schilder considera a imagem corporal um fenômeno multifacetado. Em suas investigações, “ele analisou a imagem corporal não apenas no contexto do orgânico, mas também na psicanálise e na sociologia” (FISHER, 1990, p. 8).
Em sua definição de imagem corporal, diz que “a imagem corporal não é só uma construção cognitiva, mas também uma reflexão dos desejos, atitudes emocionais e interação com os outros” (ibidem).
Uma de suas mais importantes reflexões consistiu na introdução da idéia de que a imagem do corpo não possui apenas fatores patológicos: os eventos diários também contribuem para sua construção (BARROS, 2005).




25 de dez. de 2009

MARCHA, EQUILÍBRIO E POSTURA

A manutenção da estabilidade postural é uma função complexa que requer integração central das sensações visuais, vestibulares e proprioceptivas.
A marcha, o equilíbrio e a postura são atos automáticos. Dependem de múltiplos mecanismos que integram várias estruturas:

  • Sistema Motor
  • Sensibilidades Proprioceptivas
  • Aparelho Vestibular
  • Aparelho Visual
  • Cerebelo
(KAY e TIDEIKSAAR, 1995; SANVITO, 1996)