11 de jan. de 2010

Ritmo Escápulo Umeral

É necessário que a escápula esteja fixa durante os movimentos do braço para servir de apoio aos músculos que o movimentam. Esta fixação se faz por uma dupla de músculos, o trapézio e o serrátil anterior, que agem em direção oposta atuando como uma força de um binário – duas forças paralelas não-coincidentes e em direções opostas que tendem a causar rotação.


A soma dos movimentos nas articulações Acromioclavicular (AC) e Esternoclavicular (EC) é igual à amplitude de movimento na Escapulotorácica (ET). A clavícula gira em torno de seu eixo longitudinal e representa um fator fundamental da mobilidade do ombro. Quando essa rotação é impedida, a amplitude de movimento do complexo do ombro é restrita a 110º.

Ritmo Escapuloumeral: o úmero fornece 90º e 120º de elevação para o movimento umeral ativo e passivo, respectivamente. Após 30º de abdução e 60º de flexão, a proporção entre a rotação escapular para cima e o movimento umeral é de 1º/2º. Para cada 15º de elevação do úmero, há 5º de rotação escapular para cima e 10º de ação da Glenoumeral (GU).
Durante 180º de abdução do complexo cintura escapular – ombro, 60º de ADM ocorre na ET e 120º na GU.


ESTABILIZAÇÃO DO TRONCO – A “Casa de Força” ou “Centro”

A Casa de Força

É composta por cinco grandes grupos musculares de acordo com a região onde se encontram.
São citados e descritos como músculos da região abdominal, o reto, o transverso e os oblíquos internos e externos do abdome. Constituindo a parede abdominal posterior ou região lombar são descritos os eretores e os transversos espinhais, os multífidos e o quadrado lombar.
O grupamento extensor do quadril é composto pelos músculos glúteo máximo, isquiostibiais e a porção extensora do adutor magno. Os flexores do quadril compreendem os músculos iliopsoas, retofemoral, sartório e tensor da fáscia lata.
A região do assoalho pélvico abrange os músculos transversos superficial e profundo do períneo, e o levantador do ânus, que compreende as porções iliococcígea, pubococcígea e puborretal (BEZERRA et al., 2001; BEAN, 2002; APARÍCIO, PÉREZ, 2004; MUSCOLINO, CIPRIANI, 2004).
Existem evidências de que os músculos do assoalho pélvico, o transverso abdominal (TrA) e o diafragma, quando co-ativados geram tensão nos elementos constituintes da casa de força, reforçando a função do controle postural da coluna vertebral (HODGES, 2004; SPASFORD, 2004).

Categorias musculares

De acordo com suas características anatômicas, biomecânicas e fisiológicas, os músculos podem ser divididos em duas categorias: estabilizadores ou tônicos e mobilizadores ou fásicos (RICHARDSON, 1992 apud NORIS, 1999; BIENFAT, 1995).
Gibbons e Comerford (2001) classificam os músculos em estabilizadores globais, estabilizadores locais e mobilizadores.
Os estabilizadores são descritos como monoarticulares, profundos de contração excêntrica para o controle de movimento.
Os mobilizadores são biarticulares ou multissegmentais, superficiais e trabalham essencialmente para aceleração do movimento e produção de força.
O reto abdominal e as fibras laterais do oblíquo externo podem ser considerados como os principais mobilizadores, enquanto os oblíquos internos e o TrA são os maiores estabilizadores dos movimentos do tronco (NORIS, 1999).
Os estabilizadores primários são os músculos que não produzem movimento articular significativo, como os multífidos e o TrA. Os estabilizadores secundários, tais como os oblíquos internos têm uma excelente capacidade estabilizadora, mas, além disso, produzem movimento articular (NORIS, 1999).

Estabilização Pélvica

Os músculos que contribuem para a estabilização da cintura pélvica são divididos em dois grupos importantes: unidade interna e unidade externa (LEE, 2001).

UNIDADE INTERNA
UNIDADE EXTERNA

SISTEMA OBLÍQUO POSTERIOR

SISTEMA OBLÍQUO ANTERIOR

SISTEMA OBLÍQUO LATERAL

SSTEMA LONGITUDINAL PROFUNDO

OBS: Imagens extraídas de LEE (2001)


2 de jan. de 2010

BIOMECÂNICA VERTEBRAL - NEUTRALIDADE



Vértebra em apoio disco-corpo
Facetas articuares inativas

FLEXÃO


Vértebra superior - Deslizamento Ântero-Superior (DAS)
Núcleo Pulposo - Deslizamento Posterior (DP)
Carga compressiva anterior - Corpos vertebrais se aproximam
Carga tensiva posterior - Processos espinhosos se afastam

EXTENSÃO


Vértebra superior - Deslizamento Póstero Inferior (DPI)
Núcleo Pulposo - Deslizamento Anterior (DA)
Carga Compressiva Posterior - Processos espinhosos se aproximam
Carga Tensiva Anterior - Corpos vertebrais se afastam

LÁTERO FLEXÃO


Compressão discal homolateral
Faceta articular homolateral e Processos transversos - Convergência
Faceta articular contralateral e Processos transversos - Divergência

ROTAÇÃO

Maior tensão e atrito nas fibras no anel fibroso - 1/2 das fibras do anel fibroso ficam sob tensão e 1/2 das fibras ficam relaxadas
Faceta articular homolateral - comportamento em extensão (DPI)
Faceta articular contralateral - comportamento em flexão (DAS)