30 de jan. de 2013

DOR E DEPRESSÃO PÓS-PARTO


Numa visão geral, a dor física no puerpério parece ser função das alterações estruturais que ocorrem na gestação; espera-se, contudo, que progressivamente o corpo retorne ao estado funcional anterior à gestação. Entretanto, este curso clínico é alterado na presença dos transtornos de humor.

Ao apreciar os dados disponíveis na literatura sobre dor e depressão pós-parto, em detrimento da diversidade metodológica, observa-se maior intensidade da dor em puérperas deprimidas, associação da dor no eixo pélvico-vertebral à depressão pós-parto e, em alguns casos, incapacidade funcional.

Diante desta verificação, questiona-se:  
Qual a importância de estudar a dor na depressão pós-parto? 
O que muda na prática clínica dos profissionais de saúde mental? 
Qual o papel do profissional de fisioterapia neste quadro? 

Aceitando que existe associação válida entre dor e depressão pós-parto, é necessário maior monitorização da dor neste período e o estabelecimento de condutas terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas, que visem prevenir o estabelecimento da dor crônica e da incapacidade funcional, eventos cumulativos que podem influenciar negativamente na qualidade de vida da mãe e do seu bebê.