25 de abr. de 2013



Método Pilates®

Um breve histórico


Fig. 1 Joseph Hubertus Pilates (1883-1967)

O método Pilates® é um sistema de exercícios criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1883-1967) a partir da união dos princípios filosóficos e das técnicas de movimento orientais, como o Yoga, e de métodos ocidentais de educação corporal como a pedagogia de dança de Rudolph Laban e a ginástica médica de P.H. Ling(1,2,3).
O idealizador do método Pilates® nasceu na cidade alemã de Mönchengladbach. Foi uma criança frágil, portadora de asma, raquitismo e febre reumática; quando jovem desenvolveu exercícios para melhorar a própria aptidão física. Tornou-se ginasta, esquiador, mergulhador e boxer em busca de superar suas deficiências. Na Primeira Guerra Mundial, em 1914, foi exilado para uma ilha na Inglaterra onde trabalhou como enfermeiro num hospital para mutilados e investigou formas de reabilitar as vítimas da pandemia de gripe influenza em 1918. Neste cenário, inseriu o uso de molas conectadas ao leito hospitalar e desenvolveu o aparelho conhecido como cadilac ou trapézio(4-9). Joseph Pilates criou uma série de exercícios que poderiam ser praticados em ambiente controlado e com assistência das molas(9).
Nos anos 20, Joseph Pilates inaugurou um estúdio de condicionamento físico em Nova York, E.U.A, e sua técnica foi difundida entre a comunidade de dança, tendo como foco a reabilitação de lesões musculoesqueléticas em bailarinos.  Faleceu aos 87 anos, sem deixar herdeiros. Na década de 1970, Romana Kryzanowska, a aluna mais dedicada de Joseph, assumiu o estúdio e a função de dar continuidade ao trabalho do mestre(9).
Ainda na década de 1960, instrutores-discípulos da primeira geração ensinada por Joseph Pilates abriram seus próprios estúdios, entre eles Carrola Trier, Ron Fletcher, Kathy Grant, Lolita San Miguel, Eve Gentry e Bruce King. O método Pilates® chegou ao Brasil nos anos 90 através da iniciativa de Alice Becker Denovaro, primeira brasileira a se certificar para instrução do método(9).
Atualmente o método Pilates® é parte integrante do instrumental de trabalho de fisioterapeutas e educadores físicos. O fisioterapeuta tem neste método, uma importante ferramenta de intervenção cinesio-mecanoterapêutica no tratamento e prevenção de disfunções musculoesqueléticas visando à reeducação funcional.
A produção literária de Joseph Pilates consiste em dois livros elaborados com a colaboração de seu amigo William John Miller, o primeiro em 1934, Your Health, que é um compêndio da sua filosofia, e outro em 1945, Return to life through contrology, que aborda os exercícios de solo(4-8)

Referências
1.     Gallagher SP, Kryzanowska R, editors. The complete writings of Joseph H Pilates. Philadelphia: BainBridgeBooks; 2000.
2.     Latey P. The Pilates method: history and philosophy. J Bodyw Mov Ther. 2001; 5(4):275-82.
3.     Friedman P, Eisen G. The Pilates method of physical and mental conditioning. New York: Viking Studio; 2005.
4.     Lange C, Unnithan V, Larkam E, Latta P. Maximizing the benefits of Pilates-inspired exercise for learning functional motorskills. J Bodyw Mov Th er 2000;4(2):99-108.
5.     Bean M. History and practices of Pilates. ACSM´s Certified News 2002;12(3):6-7.
6.     Ruby CR. Bust stress with Pilates principles. IDEA Fitness Journal 2004;97-99.
7.     Aparício E, Péres J. O autêntico método Pilates: a arte do controle. São Paulo: Planeta; 2005.
8.     Craig C. Pilates com a Bola. 2ed. São Paulo: Phorte; 2005.
9.     O grande livro de Pilates. [editora Andréa Calmon]. São Paulo: On line, 2011. 



COFIRVALE
Petrolina - PE





24 de abr. de 2013



VI CONGRESSO INTERNACIONAL DE FISIOTERAPIA MANUAL

Dispositivos de fixação de fraturas

FIXAÇÃO INTERNA
Existem numerosos dispositivos para fixação interna. Eles podem ser divididos em cinco categorias principais: fios, pinos e parafusos, placas, e hastes intramedulares. 

A cada matéria falaremos um pouco sobre cada dispositivo. Iniciaremos pelos fios.


FIOS

Fios de Kirschner
Os fios de Kirschner são os mais comumente usados. Eles promovem uma estabilização da fratura durante o curso de uma cirurgia. Depois que a fratura é reduzida, ela é mantida com fios de Kirschner até que a redução possa ser confirmada radiograficamente. A fixação final pode então ser aplicada e o fio ser removido. Os fios de Kirschner podem também ser usados para fixação definitiva de pequenos fragmentos e no tratamento definitivo das fraturas pediátricas, como nas fraturas supracondilares do cotovelo e fraturas envolvendo a placa epifisária.


Cerclagem
Consistem em finos fios metálicos que são posicionados ao redor dos ossos para estabilizar fragmentos fraturados. Frequentemente, são utilizados em combinação com outros tipos de dispositivos, como placas e hastes intramedulares, mas podem ser usados isoladamente em situações especiais.


Banda de tensão
Em combinação com pinos e parafusos, os fios metálicos podem ser usados para criar uma banda de tensão, promovendo uma compressão dinâmica no tratamento de fraturas do olécrano e patela. 


As forças de tensão são transformadas em forças de compressão, estimulando a consolidação da fratura sem a necessidade de imobilizar o membro acometido.

REFERÊNCIAS

1. Richardson ML et al. Radiographic evaluation of modern orthopedic fixation devices. RadioGraphics 1987;7:685–701.
2. Chew FS, Pappas CN. Radiology of devices for fracture treatment in the extremities. Radiol Clin North Am 1995;33:375–90.
3. Slone RM et al. Orthopedic fixation devices. RadioGraphics 1991;11:823–47.
4. Taljanovic MS et al. Fracture fixation. RadioGraphics 2003;23:1569–90.
5. Bretas EAS et al. Dispositivos de fixação de fraturas: fios e parafusos. Rev Imagem (Online) 2009;31(1/2):7–12.